Metal GDl 2009

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Devo começar por dizer que foi um excelente festival e, quem não se deslocou até Grandola com medo da chuva, não sabe o que perdeu, já que tirando um pouco sábado de manhã, tanto nas tardes como nas noites durante as actuações das bandas, não choveu.
A organização, como sempre desde que lá vou, foi incansável e muito competente. Incluindo as bonitas moças que vendiam as senhas de cerveja e de comida, passando pelo restante pessoal que nos fornecia as cevejas bem como a comida em troca das referidas senhas.
A título pessoal inchei de orgulho quando na segunda cerveja, um dos moços se vira para o outro e diz: "Trata bem dele que foi o melhor cliente o ano passado". Quase que me veio uma lágrima ao olho pelo modo como foi dito. E digo isto a sério.
Para quem não conheça devo referir que as instalações de campismo são mais do que suficientes, ficam ao lado do Modelo, por isso qualquer coisa que seja precisa vai-se comprar, e as instalações sanitárias são excelentes!
Quanto às bandas em si passo a fazer um pequeno resumo daquilo que se passou por lá, daquilo que vi e daquilo que achei das bandas.

Primeiro dia:

My Enchantement - Não vi, só ouvi cá de fora porque não deixavam entrar o pessoal com canecas de aluminio lá para dentro ficando, assim, a excursão de Coimbra retida. Entretanto vieram dizer que tinha sido engano e que podiam entrar com as canecas mas vazias. Agradecemos, mas quase vazias já elas estavam quando nos disseram isto.
We Are The Damned - Epa, então mas a Sofia já não faz parte da banda? Eu não sou um grande apreciador do som, devo confessar, mas gostava da garra dela em palco e do vozeirão. Não sei se foi por ter ficado triste, ou se ainda falta rotação do novo vocalista ou o quê mas não gostei muito da prestação da banda. E curiosamente senti uma falta de à vontade de todos os elementos entre si estranha. Não sei, pode ter sido só impressão minha.
Criptor Morbious Family - A surpresa pessoal do festival, já que apesar da banda já ter dois albuns, nunca tinha ouvido falar deles. São de Grandola, praticam um death metal industrial, e gostei daquilo que ouvi e da prestação deles em palco. Principalmente do vocalista que em nada fica a dever às prestações em extase do vocalista de Bizarra.
T
hee Orakle - No início da primeira música o som não me pareceu grande coisa e fiquei assustado, já que esta banda precisa que o som esteje bom para se ter a percepção total do enorme potencial dela. O som entretanto ficou melhor e aí pude mais uma vez comprovar a magnificiência das composições deles. Boa prestação em palco.
Namek - Já tinha ouvido falar muito desta banda, nunca os tinha visto nem ouvido musicas deles, fui ouvir e não gostei. Not my cup of tee. Fui beber cerveja ainda não iam a meio.
Haemophagia - Quando começaram a tocar ainda estava na copofonia e no convívio com pessoal que por lá conheci e com o pessoal que foi comigo, comecei a ouvir e na altura aquilo pareceu-me barulho. Continuei a beber e a conviver. Não vi nem prestei atenção à banda.
Bizarra Locomotiva - Como sempre excelente. Vi-os no Caos, em Coimbra, e agora em Grandola tudo em menos de um ano. Tal como no Caos, o Fernando Ribeiro subiu ao palco e cantou com o Sidonio umas quantas músicas. Muito boa actuação, no geral, musica hipnótica, performance em extase.
No intervalo a seguir a Bizarra Locomotiva estive um pouco a falar com a Mika, vocalista dos Thee Orakle, e em seguida fui beber aquela que por muitos é considerada a "ultima cerveja", aquela que não deve ser bebida por estar estragada.
Durante o concerto de Simbiose, que não vi, estive a pregar uma seca enorme ao Fernando Ribeiro que veio cá fora beber uma geladinha. Lembro-me de falar de Baudelaire e de uma sessão de poesia que ocorreu à uns anos atrás em Montemor-o-Velho com o Fernando. Provavelmente devo ter dito mais disparates mas não me lembro. Só sei que Baudelaire rulou nessa noite. As minha desculpas ao Fernando se ele estiver a ler isto, mas já não era eu a falar, eram aqueles anões microscópicos que aparecem nalguns licores de cevada estragados e nos obrigam a abrir e a fechar a boca sem o nosso consentimento e nos colocam palavras na boca contra nossa vontade.
Sinister - Tocaram???? Porra, não me lembro!

Segundo dia:
Devo começar por dizer
que o pessoal de Gwydion é seis estrelas. Estive ao paleio com eles na sexta à noite, infelizmente não me lembro! No sábado todos me conheciam e foram sempre impecáveis (yes, it's me, the Sir). Gente porreira! Agora as bandas.

Decrepidemic, Crushing Sun, Cilice - Não gostei de nenhuma, muito barulho para o meu gosto e demasiada linearidade nas musicas. Os alemaes Cilice então achei mesmo mau, principalmente os vocais.
Gwydion - muito b
om, musica para o bailarico, a nova música que tocaram é mesmo folk puro para dançar. Foi pena o som não estar melhor e os problemas no inicio com um cabo do baixo que roubou um pouco de tempo ao pessoal. Talvez tivessem tido tempo para tocar a outra musica nova, não sei. Mas que pôs a maior parte da gente a bater o pé, pôs.
Theriomophic - só digo isto, a Besta
está viva, de boa saúde e recomenda-se. Muito bom, a primeira musica não me pareceu ter o melhor dos sons, nomeadamente as guitarras não se ouviam, mas as restantes musicas já se ouvia tudo em condições. ....e as novas t-shirts são muito bonitas.
Benighted - Um aviã
o super-sónico passou por Grandola, destruiu-a e foi-se embora. Uma descarga e tanto. Curiosidade para o vocalista cantar descalço e para a penultima musica em que o baixista de repente desaparece do palco e passado um bocado, com pouca gente a aperceber-se, aparece no meio do pessoal a tocar. Ainda foi encenada uma mini "Wall of Death".
Kronos - não sei se foi de estar cansado da actuação de Benighted ou o quê mas disse-me pouco o concerto destes segundos franceses no cartaz do Metal GDL. E é curioso já que conheço melhor o trabalho de Kr
onos do que o de Benighted. Talvez se estivessem em posições invertidas, primeiro Kronos, depois Benighted, talvez achasse mais piada aos Kronos!
Nervecell - banda que me levou ao GDL,
Conheci-os o ano passado aquando da saida do album e desde logo achei que era uma banda acima da média. A actuação deles deu-me razão. Foi a banda do festival, para mim. E a cover de Bolt Thrower que tocaram muito boa.
Switchtense - Switch-Fucking-Tense. E não é preciso dizer mais nada. A hora já era avançada mas arrasaram. Quem não tinha forças arranjou-a. Boa sorte para a tour europeia.
Pitch-Black - não vi por um motivo superior: estava a confraternizar (eu e os meus companheiros de Coimbra) com o pessoal de Nervecell. Devo dizer que fiquei admirado com um deles (o de descendencia portuguesa), que ao dizer que havia três grandes festivais, um deles era o Barroselas, ele depois me perguntou "Is that the SWR?" Eu disse que sim e ele disse-me que conheciam e gostariam de lá tocar. Por isso manos Veiga e companhia, se quiserem já têm a primeira banda do próximo ano, eh, eh, e não se iriam arrepender de os pôr lá a tocar que para alem de serem bons musicos ainda por cima sao humildes (e não, não estou a inventar).
Legion of The Damned - Um thrash rasga
dito, sempre a abrir, bem tocado, mas já só abria a boca de sono. Perto do final da actuação, graças a mais uma cerveja - e desta vez não foi a "ultima", não era das estragadas - ainda arranjei forças para ir para as grades abanar os pelos da careca.

Em suma, um fim de semana muito bem passado, em boa companhia. Parabens à organização e as melhoras para o Bicho do entorse no pé! Para o ano há mais!


Texto por: João "Burzum" Osório
Edit: Referente à prestação de Gwydion afinal não houve problema do cabo do baixo, houve sim um problema de Wireless. Correcção efectuada!

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